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Lua cheia em Juazeiro do Norte |
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As crianças curtiram muito os livros |
Conheci o Cariri em 2007, numa viagem com Dane de Jade, do SESC Ceará, quando o projeto Rito de Passagem – canto e dança ritual indígena que eu dirigia foi convidado para a Mostra SESC Cariri.
Foram dois anos de parceria, com a presença de 8 povos indígenas em apresentações emocionantes em Juazeiro, Crato e visitas a Nova Olinda.
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estavam animadas e felizes |
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Agora volto ao Cariri com o projeto Palavras Criadoras. A proposta foi acolhida pelo Educar SESC em Juazeiro e pela Fundação Casa Grande em Nova Olinda.
Cheguei a Juazeiro na tarde do dia 13 de abril. Fui recebida com carinho por Ana Cláudia, da Formação Continuada de Educadores do SESC , que organizou e acompanhou os três dias de oficinas. Na quinta e sexta feira, trabalhei com duas classes do 4º. e 5º. ano, com cerca de 40 crianças por dia. Crianças que guardam em olhos puxados, em peles morenas a herança indígena dos Cariris que deixaram o nome do povo e muitas heranças para essa região, apesar do desconhecimento da grande maioria da população.
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com muita curiosidade e perguntas incríveis!!! |
Meninos e meninas participaram com muita animação das rodas de conversa, com muitas perguntas, muitas observações curiosas. Se divertiram com o vídeo “Das crianças Ykpeng para o mundo” que apresenta a aldeia do povo Ykpeng, no Xingu, através do olhar das crianças de lá. Gostaram de conhecer os livros de autores indígenas, se emocionaram com a história dos meninos Xavantes, contada no livro Entre dois mundos.
Ganhei muitos abraços e beijos carinhosos, demonstrações espontâneas de afeto e pedidos de novas rodas de conversa para que eles se aproximem ainda mais dos povos indígenas. Foram dias de muitas descobertas para ambos os lados.
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queriam saber de mais histórias e sobre coisas de minha vida pessoal |
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A diretora da Biblioteca do SESC Juazeiro recebe a doação dos livros |
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professores da Educação Continuada do SESC |
No sábado, dia 16 pela manhã, a oficina foi dedicada aos educadores. Mais uma vez emoção e descobertas. As pessoas, mesmo educadores com formação e especialização, não têm conhecimento da questão indígena, não têm acesso a informações e materiais de qualidade. Nenhum participante da oficina conhecia qualquer autor indígena, nem sabiam que pessoas indígenas hoje escrevem suas próprias histórias. Tiveram um primeiro contato com livros, CDs de música e narrativas tradicionais nessa oficina. O texto dos cantos tradicionais do povo Guarani – as “Palavras Luminosas”, emocionou a todos! Assim como as palavras de Davi Yanomami.
Os relatos dos professores confirmam a necessidade de outras iniciativas como esta. O projeto Palavras Criadoras é uma pequena contribuição, mas muitas outras iniciativas são necessárias para aproximar mais o povo brasileiro dos povos indígenas de nosso país.
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Alguns livros apresentados na oficina |
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